Por que a criatividade é tão importante?

Criatividade vem de creare, do latim, e significa a capacidade de formar, produzir ou criar.

É comum relacionar criatividade à área das artes, mas a capacidade de criar coisas novas é essencial em todos os aspectos de nossas vidas.

Com o passar do tempo tendemos a nos enrijecer e buscamos usar as mesmas soluções que já funcionaram em algum outro momento de nossas vidas.

E sofremos ao perceber que, muitas vezes, essas soluções não funcionam mais.

O mundo mudou, nós mudamos e a vida nos convida a outras experiências que exigem novas adaptações e combinações. 

A criatividade emerge, então, como essa potencialidade que nos dá a capacidade de flexibilização e criação de novos caminhos.

Ostrower descreve criatividade como um potencial intrínseco ao sujeito que deve ser realizado e atendido.

Criar projetos, ideias, filhos, modos de viver. Flexibilizar e buscar novas soluções, cruzamentos e combinações é antídoto a uma sobrevivência dura e sem poesia.

Criar é tecer uma vida feita à própria mão, com o frescor e o assombro de sermos artistas da nossa própria existência.

Uma das formas de exercitar a criatividade com método e rotina é estar em um processo arteterapêutico.

É certo que essa não é a única forma.

Se dispor a aprender coisas novas e cultivar o seu percurso criativo através de outras abordagens, também é um caminho.

O problema é que, muitas vezes, pessoas não ligadas às artes e à criação tendem a não se debruçarem nesses processos, mantendo a área criativa estagnada.

A principal vantagem da arteterapia como meio de explorar a criatividade é a possibilidade da amplificação das imagens produzidas. 

Uma imagem não acaba depois que foi criada.

A imagem produzida é como um raio x do momento psíquico do criador. E ao ser amplificada pode trazer insights, sentidos e transformações.

A arteterapia é uma área recente e muitos imaginam que se limita a desenvolver habilidades artísticas e artesanais ou relaxar fazendo arte.

Foto: Letícia Puke

Mas o campo da arteterapia, ao reunir os saberes da arte e da psicologia, tem um potencial imenso na transformação das pessoas.

Através das mãos, do corpo e do fazer artístico temos a capacidade de reunir nossas inteligências e encontrar soluções e possibilidades que por outros meios não teríamos acesso.

Foto: Letícia Puke

Ao transpor algumas resistências iniciais do processo arteterapêutico nos fortalecemos. Reconhecemos que há, dentro de nós, partes desconhecidas que nos convidam a novos caminhos.

Arteterapia nos coloca frente às limitações e partes nossas que não querem crescer.

Por isso é preciso se implicar com a jornada.

Se desapegar do ponto de chegada e curtir a viagem.

Respirar e continuar com menos certezas e mais pulso de vida.

Medo vai junto. Agora não mais paralisando, mas sinalizando os caminhos que contêm vida.

E aquelas insights que acontecem dentro do ateliê passam a se transformar em ações práticas na vida.

Ação para transformação.

Seja você artista, curioso, bloqueado criativo ou apenas uma pessoa que que nada sabe de arte e quer explorar novas possibilidades, a arteterapia é pra você!

Se você tem vontade e coragem de abrir e expandir as caixinhas, se inscreve nesse grupo de arteterapia que começa em outubro, em Piracicaba.

Carol Vicente é professora de Hatha Yoga com alinhamento, arteterapeuta, terapeuta natural, facilitadora de círculo de mulheres e caminhos de autoconhecimento.  

Referências:

OSTROWER, F. Criatividade e processo de criação. Petrópolis: Vozes, 2009.


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